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Payback is a Bitch
Pierre- Mensagens : 16
Data de inscrição : 18/10/2018
- Mensagem nº2
Re: Payback is a Bitch
Foi olhando pela janela que ele viu seu próprio reflexo, o reflexo do seu rosto, e concluiu que estava desesperado demais. Não podia se mostrar tão frágil na frente dela, não. Tinha que ser forte, por ela, como se isso pudesse inspirá-la a ser forte também. |
- Me perdoe, Madeline... – ele tentava recobrar a compostura – Eu estraguei a sua vida. Não devia ter sido tão egoísta, você é só uma vítima no meio disso tudo. |
Quando Jake imaginava-se sendo descoberto, ele era sempre o mais calmo, o mais forte e sério, o típico herói. E imaginava-se fazendo algum malabarismo mirabolante para livrar a frágil, surpresa, indefesa – e por que não histérica? – namorada. Tendo assim os papéis invertidos, ele ficava perplexo: Madeline Estrin, tão estereotipada por tantos, era a dona da reviravolta do momento? |
-... |
- Ei, no que você está pensando? – ele de repente caía em si, e imaginava que Madeline estaria tendo alguma idéia inocente – Madie... Numa hora dessas? |
Eles iam ser pegos. Porém Madeline pedia confiança... E num flashback muito rápido, ele procurava em suas memórias os momentos em que a engraçadinha e tolinha Madie tivera momentos inteligentes. Nos momentos em que ela parecia mais astuta e sólida do que – para Jake – ela era. |
- Ok, vamos – era melhor do que nada. |
Cinco minutos depois eles chegavam no local marcado – e não era nada glorioso. Uma loja vintage, outra de penhores, e no meio delas um beco escuro. Ele desceu do carro quando ela desceu também, mas diferente de Madeline, Jake ficou junto ao carro. |
- Madie, mas o que você... – de repente, ele parecia ter perdido as esperanças. |
Entrou no carro junto com ela. Viu a bolsa preta, ok. Mas quando viu a arma... |
- Eita porra. Madeline, o que você está pensando? – deu um curto-circuito no cérebro dele, que o fez parar por um momento – Pra que essa arma? |
Parecia ridículo. Era mesmo o fim da picada – até que jake a olhou nos olhos. Ou melhor, até que Madeline o olhou dentro dos olhos, e disse aquelas palavras que para Jake, o verdadeiro ingênuo e tolo na história, evidenciaram que algo muito estranho estava acontecendo. Eu não sou quem você pensa que eu sou. Podia ter se recusado . Podia tê-la indagado. Mas não fez nada disso. As vidas deles dependiam disso, não é? E, quase profético, Jacob enfim consumia a sugestão de sua namorada. |
- Olha... Eu não sei quem você é e o que fez com a Madie, mas... |
-... Certo. O que fazemos agora? |
Última edição por Pierre em Seg Out 29, 2018 8:47 pm, editado 1 vez(es)
Marcus- Admin
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Data de inscrição : 11/10/2018
- Mensagem nº3
Re: Payback is a Bitch
Felizmente, aquele era exatamente o caso. A vida de Jake e de todos os seres humanos do planeta, fossem estes residentes ou não das fortalezas da Primatech, dependiam única e exclusivamente daquela fuga - e ela, Veronika Romanov, se responsabilizaria pelo sucesso da mesma. O problema era que, ao mesmo tempo em que ficava mais fácil raciocinar e pensar em soluções criativas para saírem do cerco formado pela Primatech, era cada vez mais difícil fitar os olhos de Jake sem se sentir culpada... Afinal de contas, foram mais de quatro anos de manipulação. Ainda que houvesse se apaixonado verdadeiramente por ele no decorrer da missão, não mudava o fato de que o havia enganado. |
Marcus- Admin
- Mensagens : 54
Data de inscrição : 11/10/2018
- Mensagem nº4
Re: Payback is a Bitch
Por muitos anos, esse alguém foi Amelia. A manipulação da presidente da Primatech ocorreu de várias maneiras mas, no geral, revelava-se um misto de congratulação após um serviço bem executado, seguido de um período de distanciamento para que Hunter sentisse a necessidade de sua atenção a ponto de fazer qualquer coisa para conseguí-la de novo e, assim, suprir sua carência. Era quase um princípio básico de psicologia infantil, mas que deu certo por muitos anos. Felizmente, o jovem Drew passou a buscar por algo mais... E foi aí que o Nexus entrou em sua vida. |
Talvez estivesse agindo de maneira impulsiva, mas não se importa: decide seguir até o shopping para auxiliar Veronika e ignorar todos os protocolos de segurança. Sedgewick, por sua vez, reporta que o próprio Noah ordenava para permanecer no local de extração. Confiava nas capacidades de Veronika e tinha certeza de que sairia do cerco formado pela Primatech - e, mesmo que não saísse, era preferível perder um agente e poupar o outro, ao invés de arriscar o primeiro para salvar o segundo e acabar perdendo ambos no processo. |
Última edição por Marcus em Sex Nov 02, 2018 11:27 pm, editado 1 vez(es)
DanyGSouza- Mensagens : 9
Data de inscrição : 18/10/2018
- Mensagem nº5
Re: Payback is a Bitch
~Aurum~
Do lado de fora do estabelecimento, Dominique Hughes acionou um botão lateral no seu visor que tinha um formato de máscara negra que circulava seus olhos. Imediatamente o visor captava todo tipo de informação presente no ambiente, desde a qualidade e umidade relativa do ar, temperatura ambiente e por que não, edifícios e carros a sua volta. Olhou para o pulso onde havia uma espécie de relógio negro: ali uma luz piscava num tom dourado com um ritmo bem lento. Dominique olhou para o relógio que além da luz, mostrava um horário e concluía que a partir dali não haveria mais muito tempo. Estava na hora de agir.
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Diane- Mensagens : 26
Data de inscrição : 17/10/2018
- Mensagem nº6
Re: Payback is a Bitch
Até mais, Domi! – O tempo, ela não o teve para terminar de contar seus segredos para a amiga. Golden Girl deu suas ordens e ela e o homem, como bons soldados, acataram. |
- Sim, sim. As grandes potências europeias não estão nas mãos da Primatech, o que deve estar causando um grande reboliço lá. American Iniciative aproveitou o momento de fraqueza, aquele desastre que destruiu o Castelo e.... - fez uma pausa, respirou fundo. A cena do embate contra Katherine passava por seus olhos. - ... deixou alguns mortos. Foi a deixa perfeita para tomar tudo de uma forma que as duas não teriam como revidar. Não foi um golpe, eles souberam aproveitar a oportunidade. |
-Katherine e Elliot.... - mais uma pausa, olha para o mapa e vê um pontinho que parecia ser Dominique e outro o carro que tanto estavam atrás. – Primeiro me diga por que Dominique está correndo atrás desse carro. Depois eu conto o que aconteceu com eles, Senhor Corey. Desculpe-me, mas é que eu sou tão curiosa quanto o senhor, e se estou correndo um risco um perigo indo atrás de algo, quero saber pelo menos o que é esse algo... |
Pierre- Mensagens : 16
Data de inscrição : 18/10/2018
- Mensagem nº7
Re: Payback is a Bitch
Ele respeitou, claramente, o sentimento de Dominique. Se Dominique, a quem conhecia a anos, foi capaz de fazer tal ameaça à ele, era sinal de que sua amizade com Valentine era muito importante, e certamente de longa data. |
- Não se exponha tanto, Dominique. Assim eu vou acabar achando que você é menos durona do que sempre demonstrou ser. – e lá estava, o veneno no olhar. |
Quem diria que logo Corey teria motivos tão sentimentais para cumprir uma meta, não é mesmo? Logo Corey estaria correndo pelas ruas da Matriz. Na tela do painel do seu carro estava o ponto que representava o jovem chamado Jacob Palmer, os que representavam a Primatech e o que representava Dominique. Ele pisava nos freios quando preciso, cortava carros também, e não tirava os olhos da pista e da telinha. Entretanto, conseguia perfeitamente conversar com a jovem mulher. |
- Corey, por favor. Pode me chamar de Corey – apesar da tensão no rosto e olhar, sua voz era calma – Escutar você me chamar de senhor soa muito estranho, parece que tenho cem anos. |
- Minha jovem, não precisa se preocupar. Eu posso compartilhar contigo essa informação. |
- Há algum tempo, Dominique encontrou comigo e com Melody Heinstein, uma amiga de trabalho minha, num evento em que essa mesma Melody estava fazendo. – percebam que ele chamou Melody de amiga; pois era verdade. Tinha-na como filha – Então, sempre cheia de surpresas, Dominique simplesmente apareceu por lá. |
- O clima esquentou um pouco, houve um certo atrito, mas nos entendemos. Resumindo: ela havia ido nos entregar uma informação. Sobre hoje. Sobre agora. |
- O que está acontecendo é uma perseguição. Está vendo o ponto azul circulado de amarelo? – ele apontou com o queixo pro painel, e voltou os olhos para a pista – Neste carro está Jacob Palmer, o garoto de ouro. A Primatech o deseja à todo custo, por que a mutação dele... |
-... É a cura para todas as mutações. |
Longe daquela questão moral e filosófica, pela primeira vez seu rosto exibiu preocupação. Ela surgiu quando ele notou que os pontos vermelhos circulados de verde haviam todos parados, assim como o ponto que era Jacob Palmer também estava parado. Corey podia ver à frente, bem lá na frente, os carros da Primatech, formando uma barreira. Ele encostou o carro antes que fizesse parte do engavetamento. |
- Que estranho... O que está acontecendo? |
- Droga! – ele deu um soco na buzina. Depois ele se recompôs – Parece que vamos ter tempo para conversar, Valentine. |
- Glassbird: 33405cs – disse Corey, e a esfera vibrou – enquanto isso, por favor, continue seu relato. |
- Conectar ao Glassbird: abrir tela holográfica; escurecer vidros do carro. |
Uma tela holográfica surgiu, mostrando tudo o que o drone transparente captava, e com clareza. Ele voou alto, mais alto que os prédios, e posicionou-se num local adequado, bem à frente do cerco. Uma cena minúscula era captada pela Glassbird. |
- Glassbird: zoom em cem vezes. |
- Esse rapaz. É ele. Jacob Palmer, é ele que está ali. |
Marcus- Admin
- Mensagens : 54
Data de inscrição : 11/10/2018
- Mensagem nº8
Re: Payback is a Bitch
Aproxima-se do carro, fita os olhos surpresos de Jake e, em seguida, encara o cano da potente arma de Madeline. Demorou mais do que deveria para agir, mas seus movimentos revelavam um nível de experiência quase militar. Estaria junto do mutante de codinome Hunter, que tentava inutilmente se esconder no prédio comercial que fechava aquela via? Seria ela membro do famigerado Nexus? |
Pierre- Mensagens : 16
Data de inscrição : 18/10/2018
- Mensagem nº9
Re: Payback is a Bitch
Madeline Estrin? Continuando no controle da situação, Madeline agora inseria novas coordenadas no GPS. Apesar do nervosismo, Jake naturalmente faria algum comentário, mas a situação estava estranha demais. O rapaz não compreendia a raiz do comportamento da sua namorada – mas é claro, ele ainda não era capaz disso. Graças à sua mutação, ele estava mimetizando parte da frieza de Madeline – o que estava impedindo ele de surtar, ainda que isso estivesse acontecendo inconscientemente. Seguindo no volante, Jake continuou levando o carro através das vias de Matriz Saint Wall. Curiosamente, o número de carros circulando havia diminuído, e nenhum carro da Primatech os seguia – o que era estranho, e lhe fazia sentir medo de que ao invés de estarem seguindo-nos, eles estarem na verdade esperando por eles à frente, bloqueando o caminho. Levou um susto quando Madeline falava com uma pessoa que Jake não estava vendo; depois foi que o rapaz entendeu que se tratava de um comunicador. Engraçado, não tinha notado ela usando algo parecido na orelha antes, por isso concluiu que ela o pegou junto com a maleta e a arma no beco onde estivera agora a pouco. E aqueles termos militares? Ele só havia visto coisas parecidas em filmes ou livros com tal tema. |
- Amor... O que está acontecendo com você? – estava começando a se sentir assustado com Madeline. |
”Eu não sou quem você pensa que eu sou.” Por um instante, foi perigoso para eles que Jake se perdesse naquele misto de emoções dissonantes. Justamente nesse momento, um homem aparecia na rua. Alto, de sobretudo preto. E ele não apareceu em qualquer canto da rua: apareceu na frente do carro. O susto foi grande, mas pior que do que ver o homem ser atropelado – o que aconteceu não aconteceu, afinal Jake desviou dele, quase perdendo o controle do veículo – foi ver Madeline manuseando uma espingarda e se jogando para fora do carro. |
- MADIE! |
E então, ela disparou. ... ... ... ... ... ... . Depois do disparo sonoro, um zunido começou baixinho na sua mente atormentada, e aos poucos foi tomando conta de toda a sua audição e percepção. Talvez Jacob Palmer não estivesse tão longe de um infarto ou derrame. Ele suava frio e respirava profundamente, não por ver um homem estranho, mas sim por causa da mulher. Quem era aquela mulher? Aquela não era Madeline Estrin. Memórias aleatórias passaram por sua cabeça, enquanto sua percepção não retornava. Vários momentos com Madie. Naquelas memórias o rosto de Madeline era visto de muitos ângulos. De costas, enquanto Madeline dirigia a moto dele e ele apreciava o momento na garupa, com os cabelos dela voando no rosto de Jake, enquanto ele inspirava o perfume das madeixas bem tratadas. Mirando o nada através de uma janela – nessas horas, ele sempre queria saber o que ela divagava. Surpresa, ao ser pega por ele, desprevinida. Naquelas memórias, Madeline era vista com muitas expressões. Podia vê-la sorrindo, contente com algum acontecimento ou conquista – individual ou conjunta. Irritada, como quando eles não se entendiam e discutiam por motivos ora bobos, ora sérios. Travessa; como quando ela mordia o lábio inferior e abria um sorriso, mirando Jake nos olhos, com seus delicados olhinhos castanhos. Ela também era vista tomando muitas atitudes. Preocupada com o futuro, e confessando o medo de não conseguir aquele emprego desejado. Confusa, mirando a vitrine de sapatos – e enfim apontando um par, cuja escolha Jake nunca adivinhava. Ofegante, enquanto sussurrava o apelido intimo dele – Jay – quando eles estavam unidos, nus e suados, no escuro. Despertou do transe. Assustado, ele perdia o conforto das memórias para viver a nova suspeita que surgiu em sua mente, ferindo o seu coração com uma pontada negra que jorrava uma – no momento – pequena quantidade de amargura: a suspeita de que Madeline Estrin nunca foi Madeline Estrin. Só isso justificava o porquê dela estar se comportando daquela maneira tão técnica. Ela era da Primatech? Ele ainda não conhecia nenhuma outra organização, então não pensou em nada além da empresa megalomaníaca. E a frase que ela mesma dissera horas antes, eu não sou quem você pensa que eu sou? Estaria se referindo àquele momento, o momento em que ela retiraria sua máscara da pior maneira possível? Engoliu aquela perspectiva. Não queria acreditar naquela teoria. Voltando a acreditar que Madeline estava apenas se comportando de maneira estranha, Jacob colocou o braço pra fora da janela, e a cabeça, projetando parte de seu corpo para fora do carro à fim de gritá-la para voltar; foi quando escutou uma voz ao longe, na verdade baixinha. E entendeu que era o comunicador de Madie, a pessoa que estava falando com ela. Não entendeu o que ele, o contato de Madeline, estava falando. Só compreendeu uma palavra: aproximando. Em estado de alerta Jake voltou seu corpo para dentro do carro e destravou o freio de mão, pronto para qualquer coisa. Olhou pelo retrovisor e viu ele. Uma figura sinistra vinha se aproximando no sentido do fluxo da pista. Jacob o via pelo retrovisor, pois deu um cavalo de pau com o carro e ficou na contra mão, de frente para Madeline e o homem abatido. Sentiu medo. Olhou para Madeline, e o cenário ficou vermelho. O sol estava se pondo, o crepúsculo logo viria e com ele a noite sem estrelas do céu poluído da fortaleza grandiosa. |
- Não enfrenta ele... Vem pro carro, vem pro carro... – Torcia, Mas Madeline fez justamente o contrário. |
Apesar do comportamento do estranho, aquele poderia ser apenas o começo de uma batalha. Era a própria Madeline que tomava novamente a frente, erguendo a arma para socar o estranho, não deixando ele ter o seu turno. Porém um fenômeno estranho acontecia dentro do carro, dando um susto em Jake. As luzes do painel piscavam, a marcha do carro engatava, o pedal afundou sozinho e o carro andou, e o volante direcionava-se na direção de Madeline. Assustadíssimo, ele pisou no pedal do freio e virava o volante noutra direção, mas o carro simplesmente não obedecia. No instante em que ele iria atropelar Madeline, Jacob perdeu o controle. Colocou suas mãos acima do painel do veículo, em total desespero, e tirou os pés dos pedais. O painel ainda piscava, quando o volante virou sozinho na direção do homem mascarado. |
Última edição por Pierre em Qui Nov 22, 2018 1:17 am, editado 2 vez(es)
Marcus- Admin
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- Mensagem nº10
Re: Payback is a Bitch
Recomendada a leitura do turno ouvindo
a música a seguir. Para acessá-la, clique aqui.
a música a seguir. Para acessá-la, clique aqui.
A arma não dispara. O carro se aproxima. Fecha os olhos. |
Quando abre os olhos, está no ginásio da faculdade. O time de Jake não apenas ganhara, como também ele fora o responsável pela cesta decisiva. Os Red Primals perdiam por 65 a 63, e os Saint Wall's Ravens conseguiam o primeiro troféu da liga amadora após duas década de derrotas consecutivas. Madeline levanta da arquibancada, com papéis coloridos e pompons voando para todo o lado, e tenta encontrar Jake. Sem sucesso, decide sair do lugar - o barulho da plateia em comemoração a incomodava um pouco - e esperar pelo namorado do lado de fora. Logo, porém, ouve a declaração que a faria não mais perder uma só batalha, e sim toda a guerra: "É você. Escolho você.". |
. . . Não. Veronika ainda não sabia, mas estava errada... |
Marcus- Admin
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Data de inscrição : 11/10/2018
- Mensagem nº11
Re: Payback is a Bitch
Veronika estava desistindo. |
Estranhamente, o veículo muda a rota, movendo-se para a direita. Se Citizen continuasse no mesmo lugar, seria atropelado - o que não fazia o menor sentido, afinal o carro era controlado por ele... Certo? |
Veronika... A arma que há pouco não disparara finalmente faz sua vítima. Ainda sem entender o que havia acontecido, Hunter leva a mão até o ferimento na barriga e cai de joelhos no chão. Lutando para não perder a consciência, aguarda a confirmação das coordenadas vinda de Veronika para direcionar o carro e, assim, manter Jacob Palmer em segurança. |
Pierre- Mensagens : 16
Data de inscrição : 18/10/2018
- Mensagem nº12
Re: Payback is a Bitch
Entretanto vê-la portar uma arma contra um elemento desconhecido atiçou a mente de Corey, que começou a divagar que não seria assim tão coincidente que Madeline estivesse na vida do mutante Jacob. Mas a pergunta que não calava: de que lado ela estava? O homem que ela enfrentava batia com uma descrição padrão de uma série de pesquisas que o agente havia feito com sua amiga de trabalho, Melody. Mutantes que viviam pacificamente em meio aos humanos foram sendo constantemente tragados por uma ameaça ao longo dos anos, numa sequência que se tornou praticamente um padrão, como se fosse uma leitura de um caso serial killer. As testemunhas que sobreviviam para relatar as abduções de seus parentes queridos ou amigos, descreviam sempre a mesma figura: um homem mascarado, de chapéu e sobretudo. Implacável, era o que diziam as pesquisas feitas. Nunca perdeu uma vítima, e se perdera, isso não constava na sua reputação. |
“Este... É Citizen” |
Tudo ficava ainda mais bizarro, quando a Glassbird comunicava um alerta de movimentos vindo de outra parte. Numa subtela, Corey pôde ver um homem flutuando, se aproximando do conflito. A arma de Madeline não disparou; e o veículo que Jacob conduzia andou para atropelá-la; mas parou bruscamente antes de atropelar Citizen. O coração do Agente Venom acelerou. |
“Jacob não iria fazer isso de propósito... Atropelar Madeline? E a arma não disparou.” – Não queria acreditar. Outro igual a ele? – Esses sinais são muito similares... Nada disso é coincidência.” |
“... Um tecnopata. Como Derrick Webb foi.” |
O celular tocou. Podia tê-lo atendido pelo carro, no vivo-a-voz, porém preferiu atender pelo celular. |
- Alô? Ah, é você... – não precisou que a pessoa se identificasse: logo a reconheceu. |
- O que? – não era possível; justo naquela hora? – Mas para que? |
- Ok, ok... Estou indo. |
- Continue vigiando os acontecimentos. Precisarei ir a um certo lugar... |
Marcus- Admin
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- Mensagem nº13
Re: Payback is a Bitch
Terceira regra do campo de batalha: você é o que você quiser. Mesmo que seu corpo diga que você é um ser humano frágil cheio de limitações, você pode fazer sua mente acreditar que é um semi-deus imune a tudo e todos. O que você executa nesse meio tempo é o que muitos chamam de milagres ou atos heroicos. Não é a toa que boa parte dessas lembranças estão vinculadas a pessoas determinadas em momentos de tensão. Naquele momento, Hunter precisava acreditar que não estava morrendo... Que a pouca força que sentia dentro de si seria suficiente para mover o veículo dali. |
Última edição por Marcus em Qua Jan 02, 2019 12:05 am, editado 1 vez(es)
Marcus- Admin
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Data de inscrição : 11/10/2018
- Mensagem nº14
Re: Payback is a Bitch
Logo, ele conclui que estava distraída. Algo ali a preocupava mais do que concluir a missão de extração - e, ao lembrar da maneira que olhou para Jacob antes de abrir os braços... Ficava claro que despertou sentimentos por ele, sentimentos estes que conflitavam com seu objetivo final. Por detrás da máscara, Citizen fecha os olhos e respira fundo. Por mais que tentasse negar, sabia que ele mesmo vivera uma situação parecida no passado. |
A espingarda dispara, com pedaços de projéteis viajando numa velocidade altíssima contra Hunter. Um a um, eles penetram o torso do mutante, que exibe uma expressão de surpresa ao notar o ferimento. Madeline também parecia não entender o que havia acontecido, e talvez por isso se escondia na viela que a protegia de uma investida de Citizen. |
No momento em que puxa a Beretta devidamente equipada com um silenciador, o agente é surpreendido por Madeline, que salta para a região central da avenida e se posiciona na frente de Hunter. Paralelo a isso, o carro continua a flutuar, seguindo pelos prédios paralelos à rua. Se quisesse chegar até Hunter, precisaria passar por Madeline - que apontava contra ele a mesma espingarda que outrora ferira Hunter. |
Claramente, Citizen desistia daquela missão. Claramente, Derrick Webb desistia daquela missão. |
Marcus- Admin
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Data de inscrição : 11/10/2018
- Mensagem nº15
Re: Payback is a Bitch
Corey, por sua vez, estaciona o carro no local indicado na ligação que acabara de receber, e assiste à distância a batalha travada por Citizen - que se revelava Derrick Webb, um fantasma de seu passado - contra Veronika e Hunter. Segundos depois de desativar o Glassbird, pode observar um objeto estranho trafegando pelo céu escarlate de Matriz Saint Wall. Tratava-se o carro contendo o corpo desacordado de Jake, que flutuava verticalmente quase dez metros acima do chão. Logo abaixo do mesmo, nota a silhueta de uma pessoa de estatura mediana, caminhando de forma contida e determinada. Aos poucos, os raios de Sol daquele fim de tarde espantam as sombras daquele corpo, que se revelava aos poucos para Corey e Valentine. |
. . Ao abrir os olhos, Hunter capta a imagem de Veronika. Estava com alguns machucados espalhados pelos joelhos, ombros, braços e rosto, mas não foca tanto neles por conta da dor que sentia no abdômen. Talvez também por causa desse mesmo incômodo, ignora o fato da agente do Nexus estar vestida de forma diferente, com um top preto que cobria os seios e parte do torso, e uma roupa debaixo escura que se assemelhava a uma cueca masculina boxer, bem rente à cintura e às pernas. Os pés, descalços, tinham dificuldades em permanecerem em contato com o asfalto deveras quente por conta da temperatura daquela região de Matriz Saint Wall, cujo clima era normalmente mais abafado por conta dos enormes prédios de concreto que formavam pequenas zonas de calor. Preocupada, Veronika se aproxima ainda mais de Hunter, colocando-se de joelhos ao lado de seu corpo e inclinando as costas para frente. Com as duas mãos, rasga um pedaço da própria roupa - que já cobria partes ínfimas de seu corpo - para ter algo que estancasse o sangramento de Drew. Obvio que aquilo não seria suficiente para impedir a perda de sangue, mas ao menos impediria uma parte dela para que tivessem tempo de chegar à base do Nexus e tratar seu ferimento. Assim que nota a mão de Mistress aproximando-se de sua barriga, Hunter sente um espasmo seguido de uma repentina perda de consciência. Antes de fechar os olhos mais uma vez, ele pode ouvir uma última frase proferida por Veronika. |
Em silêncio, Veronika meneia positivamente com a cabeça. Ao ver isso, Dominique dá as instruções: primeiro, deveria tirar suas vestes. Em seguida, entregaria a espingarda e o comunicador para ela. Por fim, se afastaria, e só voltaria à cena quando ela e o carro de Jacob saíssem dali. Após aproximadamente um minuto, Dominique Hughes estava trajada como Veronika - e, mais do que isso, parecia ser um clone exato da agente do Nexus. |