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Go and Live the Legend
Pierre- Mensagens : 16
Data de inscrição : 18/10/2018
- Mensagem nº2
Re: Go and Live the Legend
Nascimento e morte. O mundo inteiro era feito daqueles dois. Quantos milhões estavam, naquele exato momento, enchendo os seus pulmões de ar pela primeira vez, para lançar no universo em seguida um cântico de vitória? O cântico do nascimento. Entretanto, naquele exato momento, outros milhões estavam contemplando uma paisagem pela última vez, antes da luz deixar os seus corpos e retornar para aquele que a deu. A morte era variável. No momento da despedida, haviam os que partiam em silêncio. Um a um, seus sentidos iam desaparecendo, até que aquele corpo fosse desligado por completo. Haviam os que partiam com dor; esses desejavam partir rapidamente. Partir para um local onde a dor não mais os encontrassem. Foi assim que Achilles pediu a Maureen. Ele queria que os meninos partissem sem sentir a partida. Para que fossem, e ao mesmo tempo ficassem. Para que suas consciências desaparecessem num só momento, como uma lâmpada que se apaga; depois disso, as trevas. Não as trevas do tormento. As trevas do sono. Por que a morte e o sono são duas faces de uma mesma moeda. |
- Adeus, minhas crianças. Me perdoem. Me perdoem por não tê-los salvado antes. |
- Não sinta pena por Erick, meu filho – ele dizia, mirando apenas o caminho à frente – e nem tristeza. Sinta pena de nós. Ele agora está liberto desta vida vaidosa, desta vida efêmera. Mas nós temos um destino a cumprir. Estamos fadados a viver mais um pouco. |
- Sim, meu anjo. Eu me lembro. – dizia ele, com uma voz muito calma. |
A música de Achilles. O mundo jamais ouviu algo tão sublime. Eles passaram por diversas salas trancadas, até terem acesso a sala de controle. Lá, Maureen abre uma escotilha e ascende as luzes internas dos canos, e confirma o caminho através da planta do prédio, que estava em seu dispositivo móvel. Maureen dava as últimas instruções à eles, antes de girar nos calcanhares e partir. Houve uma rápida troca de olhares, entre Bloody Baroness e Omni. A fiel, e o seu ídolo. O anjo, e o seu deus. E então eles se separaram, pois Maureen tinha que cumprir a sua parte. Sozinhos, agora Achilles os guiava, de acordo com as imagens mostradas pelo dispositivo de Maureen. |
- O tempo voa. E não existiria momento pior para desperdiçá-lo do que agora. |
- Já posso sentir o perfume da liberdade... Chega de dor e de clausura. Esse lugar fede. À hipocrisia, à mentira, à corrupção, à pecado. Ter ficado preso aqui... Foi além de uma mera prisão física: foi uma prisão espiritual. |
- Este mundo precisa de salvação. E a Primatech não tem esse poder. |
De acordo com o timing, eles chegaram na sala referida pela Bloody Baroness, e subiram a escada que deu saída ao portão seccionado. Achilles logo o acessou, para o abrir; vigiava porém se nenhum agente da Primatech estava por perto. O cheiro daquele lugar era diferente. Não tinha o perfume usado pelos faxineiros que mantinham o interior da Primatech organizado e perfeito. Era o fedor da vida urbana que o mutante farejava naquele lugar. Mas para Achilles, o perfume que sentiu por quatro anos era fedor, e o fedor que não sentiu durante aquele tempo tornara-se perfume. Quando o portão começou a subir, o cheiro do ar livre –impregnado pela industrialização e urbanização extrema – contagiou o local. Não tinha nenhum agente por perto, apenas o carro citado por Maureen. Ele não conseguiu resistir. Parou por um momento, inspirando o ar pelas narinas, sentindo na pele o vento e os outros elementos. |
- Finalmente... |
Omni. Porém não mais. Seguindo com a parte final do plano combinado com Maureen, Achilles vai na direção do carro. Ele abre a porta do carona, e vira-se para Christiano e Vaclav. |
- Vamos, entre no carro. |
Ele estava falando somente com o agente Shooter. |
DanyGSouza- Mensagens : 9
Data de inscrição : 18/10/2018
- Mensagem nº3
Re: Go and Live the Legend
~Aurum~
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